DICAS IMPORTANTES SOBRA MANUTENÇÃO DE BIKE QUE VOCÊ MESMO PODE FAZER ME CASA.
Manutenção de Bike e Cuidados Básicos
Manutenção de Bike básica pode ser feita em casa mesmo, E algumas verificações você mesmo deve fazer.Confira o vídeo onde falo um pouco mais sobre isso e logo abaixo algumas dicas muitos importantes para iniciantes.
Manutenção de bike
Antes de qualquer passeio ou treino mais longo, é preciso fazer algumas verificações básicas em sua bicicleta.Especialmente se você está focado numa prova importante ou se vai sair para aquele pedal tão esperado com a turma.É muito desagradável ficar na mão. Muito mais desagradável ainda é ficar na mão por conta de um detalhe bobo, algo que você mesmo, sem muita experiencia em mecânica poderia ter notado. E quem sabe até reparado.Nem precisamos dizer que prevenir é melhor do que remediar. E mais barato também… risos!E calma, tem como piorar, desagradável de verdade mesmo, é quebrar a bike e acabar com o pedal de todo mundo.Por isso, vamos listar algumas coisas bem básicas que você pode observar em sua bicicleta.
- Freios
- Troca de Marchas
- Pneus
- Rodas e Raios
- Cabeamentos
- Gancheira
- Suspensão
- Caixa de Direção
1 – Freios
Verificação do estado das pastilhas de freio no caso de freios a disco. Se estiver difícil de ver as pastilhas, ou senão se sentir seguro em avaliar o estado delas, não se preocupe.
De uma boa olhada nos discos de freios. Se estes estiverem com arranhões profundos ou mesmo bem “comidos” isso é sinal evidente de pastilha gasta.
Na verdade bem gasta. Você pode estar brecando ferro com ferro. O ruído forte nas frenagens, ao contrário do que muita gente pensa não significa necessariamente que as pastilhas ou o disco estão gastos. Na verdade, isso está mais relacionado com a limpeza do disco, alinhamento das pastilhas, empeno, ou qualidade/ material da pastilha de freio.
No caso dos V-Brakes, as sapatas de borracha são de fácil identificação, contudo, preste muita atenção a fita de frenagem na roda. Aquela parte de alumínio em que as sapatas seguram para frear.
Uma forma de ver o estado delas é passando a unha verticalmente. Se não houver atrito, ou seja, se aquilo estiver muito liso, significa que a roda já viu muitos carnavais ou que você tem andando muito travadinho por ai.
Não é comum, mas existem casos de rodas que “explodem” nas laterais por causa deste desgaste. Algumas delas tem uma marca, um tipo de furinho pretinho ali.
Quando ele estiver raso, é sinal que a hora da troca da folha de aro chegou. Observação: Ainda sobre V-Brakes, verifique também os cabos de aço.
Se as mentes de freio vão e demoram a voltar ou agarram é sinal de que o cabo de aço tenha desfiado ou precise de lubrificação.
Veja como substituir as pastilhas de freio da Bike:
2 – Troca de marchas
Verifique as mudanças de marchas em todos os pratos (coroas do pedivela) e no K7. Perceba se as trocas são precisas e suaves.
Alguns engasgues leves são até toleráveis, mas é muito ruim precisar de uma marcha numa subida e não poder contar com ela na hora H.
Além disso, marchas desreguladas aumentam o desgaste da relação e também podem levar a rompimentos de correntes.
Uma das consequências mais graves de uma relação desregulada é a quebra da gancheira, que vamos falar mais a frente.
Existem alguns ajustes que o próprio ciclista pode fazer. Ali na conexão do passador com o cabo há uma “porquinha” que faz um ajuste do cabo, esticando-o ou deixando-o mais frouxo. Às vezes só isso já resolve o problema.
Se me permitem uma dica: Tente na rua de casa dar uma brincada com isso, para que nessa hora menos compromissada você vá entendendo o mecanismo e na hora do vamos ver saiba como sair de uma situação mais grave.Sugiro ainda que tente aprender como regular seu cambio. No começo parece algo complexo, mas realmente é simples e pode poupar algumas idas ao mecânico.
3 – Pneus
Eu consegui evitar muitos potenciais furos apenas dando um bom pente fino nos pneus antes de sair de casa.
Comecei a ficar impressionando com a quantidade de araminhos e pequenos cacos de vidro que ia encontrando encravados na borracha.
Com uma pinça de extração de pelos, vá removendo cada um deles e assim se livrando desse inconveniente que se me permitem, é chato pra caramba.
O mesmo vale para os pneus de bicicletas de mountain bike. Porém ali vai ser menos frequente encontrar algo, e se encontrar, serão espinhos e arames mais grossos.
Verificação de rotina
Não custa também dar uma apertada no pneu antes de sair, só pra conferir a pressão. Um pneu muito murcho pode “desimbeiçar” numa curva e te derrubar.
Seja ele tubless ou mesmo com câmara. Verifique se a válvula está fechada, mesmo que você tenha certeza de que não está vazando. Isso evita que impurezas e sujeiras de todos os tipos entrem por aí e a entupam.
Ai sim, você terá uma válvula com vazamento.
Particularmente eu não uso muito aquelas tampinhas, não que não goste, mas sempre acabo perdendo. Porém fico sim, ligado com o fechamento.
Outro ponto, é que com o seu peso sobre a bike, um leve vazamento pode ficar mais intenso e ir murchando seu pneu ao longo do pedal.
Você pode andar com pneus carecas no centro, desde que eles ainda estejam com muitos cravos nas laterais? Sim, pode. Mas não deve.
Os cravos laterais na maioria dos modelos estão ligados ao desempenho em curvas, sendo assim, estes pneus carecas no centro não vão segurá-lo muito bem em frenagens e principalmente em descidas.
Aliado a isso, um pneu muito cheio faz sua roda traseira virar um verdadeiro quiabo. Estes pneus também tendem a ter mais chances de furos.
4 – Rodas e Raios
Naquela dica dos freios V-brake você já poupou uma etapa, verificando as paredes da sua roda. Entretanto, os cuidados não param por aí.Empenos de rodas mais sutis num primeiro momento podem não causar nenhum tipo de incomodo, e dificilmente você notará isso girando.
Acontece que as rodas empenadas, tendem a ir empenando cada vez mais, e aí sim algo ruim pode acontecer.
Primeiramente, para que uma roda fique empenada algo deve acontecer. Ou foi mal montada, e nisso você tem pouco a fazer. Ou você deve ter submetido a roda a um impacto forte.Nos dois casos, a verificação já resolve o problema. Você consegue identificar isso na verificação, independente do que causou o empeno.
Contudo, após um impacto mais forte você deve imediatamente parar para dar uma boa olhada.
Após um empeno muito severo, algumas folhas de aro podem ser salvas por um bom mecânico. Acontece que depois disso, o cuidado deve ser triplicado. Arrume uma forma de identificar os raios que foram trocados e monitore a base dos niples em busca de micro rachaduras na folha do aro.
Se encontrar uma ou duas micro rachaduras e se forem espaçadas, ok. Menos pior. Mas se forem sequenciais, isso é alerta.
A estrutura está sim comprometida e requer a troca da folha. Mas Edu, ainda dá pra andar. Ok, dá sim. Mas acontece que elas não pegarão mais aperto, e não poderão ser mais tencionadas.
Evite dor de cabeça com um componente que te segura e fica girando nas descidas. Importante: Rodas possuem limite de carga.
5 – Cabeamentos
Geralmente os cabos de aço são criaturas imortais. E aí que mora o perigo, por serem durões, eles são amplamente negligenciados.
Se toda manutenção estiver ok, realmente dificilmente te darão problemas. Mas ali dentro dos conduítes, sem lubrificação… até eles ficam cansados e desgastados.
Geralmente quando um fica desgastado, o outro também precisa ser trocado. Então cabos e conduítes estão intimamente ligados.
Você pode sentir a necessidade de troca dos cabos se estiver atento. Nada melhor que o tato para isso. Se começar a sentir as trocas de marchas e as frenagens (no caso de freios mecânicos ou v-brakes) duras é sinal de problema.
Cambio traseiro ou dianteiro que simplesmente ignora o comendo e não troca marchas ou manetes de freios que vão e não voltam são sinais de que a hora da manutenção preventiva já passou.
Se na hora de sair, as marchas não avancem ou desçam não se desespere.
Cada quadro tem suas características
De modelo de quadro para quadro a forma de passagem dos conduítes muda muito. Por isso é difícil dar uma dica mais assertiva, mas sugiro que, caso o problema seja no câmbio traseiro faça o seguinte:Primeiro, coloque a corrente (ou o câmbio) na marcha mais pesada e com a mão, empurre no sentido oposto com as mãos o câmbio. Nessa hora, o cabo de aço fica mais folgado, possibilitando a remoção do conduíte do terminal sem muita dificuldade.Vá soltando os conduítes até a parte de cima. Então notara que pode agora mover as partes dos conduítes – geralmente são três.
Criatura! Não meta óleo ou graxa nisso ainda, é preciso limpar antes. Observe se é ferrugem ou água. Se tiver um desengripante em casa – o que acho muito difícil – use-o no caso de ferrugem. Se for lama ou água apenas limpe e enxugue.
Só depois de limpo, passe uma graxa (sem lambuzar demais), se não tiver e estiver no desespero um óleo serve, mas lembre-se, isso é provisório. Só para você não perder o pedal.
Às vezes isso acontece com o câmbio dianteiro também, mas como ele tem menos curvas e a sua posição desfavorece a penetração de água e sujeira isso é menos comum. Mas a dica da limpeza rápida também vale para ele.
6 – Gancheira
A gancheira é algo que quanto menos mexer melhor. Mas fique atendo, após batidas fortes em pedras e outros obstáculos você deve parar imediatamente para olhar isso.A quebra ou trica da gancheira também tem relação com marchas desreguladas, que podem empená-la ou mesmo quebra-la de uma vez.
Sim, as gancheiras são bem frágeis, e geralmente feitas de um alumínio que se quabra a ser dobrado.
Ora, mas porque então não são feitas de titânio ou de adamantiun?
Se fossem assim, seu prejuízo seria ainda maior. As gancheiras foram feitas para se quebrarem mesmo, do contrário o que se partiria seria seu quadro.
O material da gancheira, é sempre mais frágil que o material do quadro. Ela deve se quebrar antes de causar danos ao quadro.
Quando uma gancheira se rompe, duas coisas certamente acontecerão. A primeira é um belo susto causado pelo tranco e pelo barulhão.
E a segunda e a pior de todas é o efeito em cadeia.
Por isso, nem tenho receio em parecer repetitivo. Se bater forte ou se acontecer o estrondo forte, pare IMEDIATAMENTE de pedalar e frei a bicicleta.
A gancheira quebrada pode jogar seu cambio para dentro da roda, e aí começa a dor. Quebra o câmbio, quebra um monte de raios, potencialmente empena a corrente e em casos extremos seu K7 ficam um pouco banguela.
Se der sorte – se é que dá pra chamar isso de sorte – e somente a gancheira se quebrar, dá pra diminuir a corrente e voltar pedalando como se fosse uma bike de marcha única.
Sempre que estiver lavando a bike, observe sua gancheira. Procure empenos e veja se não está torta. As vezes aparecem alguns trincados também. É de EXTREMA importância que tenha uma gancheira extra sempre com você. As minhas bikes tem uma gancheira presa ao quadro com tiras de nilon e que não removo nunca.
Tenha gancheira extra! É importante!
7 – Suspensão
Não recomendo que mesmo ciclistas ais experientes cutuquem as suspensões. Aquilo parece muito com aqueles radinhos de pilha que desmontávamos quando criança.
Quando você abrir, com certeza vai voar uma molinha da qual não terá a mínima ideia de onde pulou.
Por isso, se contente em procurar vazamentos nos retentores, manter a pressão recomendada pelo fabricante para o seu peso (não precisa ficar enchendo a cada pedal, mas se isso estiver ocorrendo é sinal de que já há algum problema).
Da para evitar os vazamentos mantendo as canelas sempre limpas, especialmente na base. Elimine aquele barrinho que se acumula a fim de evirar o atrito entre os retentores e as canelas.
Essa limpeza pode ser feita com um papel toalha e até mesmo com papel higiênico.
Se for usar um pano, pegue um mais macio. Descubra qual são os quilômetros ou horas de uso para a manutenção preventiva que o modelo de suspensão que uso pede.
Caso a suspa de problema durante o pedal é possível voltar com ela travada, caso a sua tenha este mecanismo.
Contudo, assim como a dica dos cabos de aço isso é apenas um recurso para te tirar do meio do mato. Não recomendo ficar usando ela travada por causa de problemas.
8 – Caixa de Direção
Atenção nisso, é outro daqueles componentes que quase nunca dão problemas, até mesmo nos modelos mais simples.Contudo, o surgimento de folga deve ser IMEDIATAMENTE eliminado.Apesar de ser grave, este problema é um dos mais fáceis de ser reparado, e pode fazer isso em casa mesmo.
Para identificar se sua bike apresenta esta falha, faça o seguinte:
Montado na bike – mas não em movimento (não custa avisar… risos!) – Coloque os dois pés no chão e freio totalmente o freio dianteiro. Tente então agora, dar pequenos impulsos para a frente e veja se sente algum tipo de folga.Essa folga causa a sensação de estar vindo da base do guidão preso a mesa. Mas na verdade vem da caixa de direção.
Como resolver?
Passo 1 – Com uma chave, folgue primeiro a aranha que prende a suspensão a mesa. Não é para remover, apenas folgar.
Passo 2 – Em seguida, afrouxe os parafusos que prendem a mesa a haste da suspensão. Muita atenção para não deixar desalinhar o guidão, se isto ocorrer, vai ter que repetir todo o processo até acertá-lo.
Para não deixar o guidão desalinhar em relação ao pneu, prenda o pneu com as pernas. Pressionando com os joelhos.
Passo 3 – Depois de folgar os parafusos mencionados no passo 2, volte a apertar o parafuso que prende a aranha (aranha é aquela pecinha que fica dentro da haste da suspensão). Aperte-o bem, mas não muito. Se escutar um primeiro estalo é sinal que já deve parar.
Passo 4 – Reaperte os parafusos da mesa e então, volte a testar se a folga continua. Detalhes: Se a direção ficar dura, é porque apertou demais o parafuso da aranha. Ela só ficará com a tensão apropriada se afrouxar novamente os parafusos da mesa, para então afrouxar o parafuso da aranha. Soltando apenas os parafusos da mesa não resolve. Se conseguir pedalar sem as mãos ao guidão é sinal de que fez o processo todo certinho. Pessoal, estas são dicas super básicas, sabemos disso. Mas são coisas que até os ciclistas mais experientes observam em suas bikes até hoje. Crie este habito e comece a evitar muitos problemas. Um forte abraço e bons pedais!
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